Continuas a deitar-te tarde. Em que mundo vives? É neste?!
Não...
A ideia que faço é que não vives neste mundo, vives num paralelo que te ocupa mais tempo que este. Eu vivo assim! Mas cada vez tou mais cá, há momentos em que temos de estar por aqui... Aprendemos a conciliar os dois! É-se mais feliz, tem-se mais prazer em cá estar!
Merda... hoje não!
Então quando?
Já estou assim: de coração apertado!
O que se está a passar no paralelo?!
Não sei, não apetece... Não está, mutismo total... Quando o paralelo está cheio de duendes e fadas e dragões é mais facil viver neste!
Peixes, céu carmim, rosas azul escarlate. É grande como o céu e o mar, as estrelas conversam umas com as outras!
Consegues ouvir do que conversam elas?!
Nunca se calam! Quase nunca concordo. Mando-as calar muitas vezes! Não me deixam dormir, estão sempre ali, como se fossem a minha perna esquerda. Às vezes gritam...
Elas podem ser palradoras, não ter razão, não te deixar dormir... mas são estrelas! As estrelas não se podem mandar calar, só se fosses lua!
Onde estás??? Não te conseguimos ver!
Sentem-te a falta... Nunca lhes sentes a falta?! Tens que as tratar bem... Assim começam a falar mais baixo para adormeceres.
Dizem-me muitas vezes que são poucas...
Semeias pó de estrelas ou tentas virilmente acabar com as poucas que existem?!
São muitas, não faço nada para além de as mandar calar. Quando apareço dizem que é amor o que sentem por mim, por eu viver noutro mundo onde o mar é azul, apenas porque reflecte o céu e onde o rio tem medo do mar... Não acredito!
Elas amam-te porque foram elas que construiram o mundo onde vives, és tu que as fazes falar, é por ti que brilham! Não podes desconfiar do que te dizem aqueles que fazem parte do teu mundo... dos outros e de ti sim!
2 comentários:
é verdade as borboletas! denunciam sempre a minha presença! mesmo que me esconda, lá estam elas.
não te disse, mas o céu não é carmim. só fica carmim quando se está a fechar em copas; como a rainha do país da Alice.
dizem que me amam porque sou calmo, sereno, da cor das nuvens e do tamanho do céu. e é assim que me sinto.
a minha silhueta, o sobretudo negro, o guarda chuva, o violino. dizem que não vêem, que não sabem onde estou, mas sabem...
Como eu invejo essa tua capacidade de escrita criativa... estás numa fase muito boa! ou é só treino?!
:) gosto das tuas borboletas!
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