quarta-feira, setembro 28, 2005

terça-feira, setembro 27, 2005

não me parece... pois compreendo, mas acho que não vai dar! NÃO! NÃO! não, não estou de má vontade, mas não gosto que chegues e me fales assim, logo não consigo reagir doutra maneira! não , não tenho mais nada que fazer! não Vou!!! não estava mal disposta até tu apareceres... não, a vida não me tem corrido mal! não não tenho nada contra ti... simplesmente, não sei bem porque, não te suporto! não posso ouvir o som da tua chave a abrir a porta... fico logo NÃO Sim, vou sair!

domingo, setembro 25, 2005

Apontamento

Hoje, dia 25 de Setembro (Em Setembro planta, colhe e cava, que é mês para tudo.) distraídamente passei por lá... Passei por lá, onde antes de ter começado a felicidade, precipitou-se a sua queda... antes de o ser já o era!
Havia luz, ouviam-se vozes, viam-se sombras pelo vidro da mesma porta... não era a luz do candeeiro, nem tão pouco a tremula luz azul que sempre me fascinou... era uma luz pouco quente! As vozes não sei de quem eram, não as reconheci... minha não era certamente e a tua não soa assim... não fui ver! Já não interessa...
O criminoso volta sempre ao local do crime... mas eu não tive a noção!
Permaneci a olhar para a lua que lá deixei, continua agasalhada pelo manto verde das arvores que por lá plantaste... as cabras continuam a cantar balidos à lua... só a luz, as vozes e as sombras diferem, outro alguém iniciou ali a sua felicidade descendente?!
Tive saudades do que fui antes daquele lugar, do que fui antes de mim... não por ser melhor ou pior, mas porque foi mim antes de mim!
Ali apercebi-me que o Outono tinha chegado... a melancolia já se entranha subtilmente por entre os poros ainda dilatados pelo calor!
Assim, para enganar os equinócios, fingi um gesto desajeitado... a palete das cores caiu das mãos da particula descuidada, caiu excessivamente sobre o ecrã do pc... e o rosa alastra pelo ecrã atapetado de pixels... Asneira? Impossivel? Sei lá!

Poema em Linha Recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos os Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos

sábado, setembro 24, 2005

Gosto de sexo capicua...

quinta-feira, setembro 22, 2005

Quem Prevarica Escamoteia!

Esperei... esperei ansiosamente pelos meus demónios! Eles tinham que vir, sentia-lhes o odor, sabia que se aproximavam, se me imobilizasse e concentrasse o suficiente, conseguia até sentir a deslocação do vento causada pelo movimento dos seus mantos negros compridos (sim, os meus demónios usam por norma mantos negros compridos, somente em dias de festa usam como indumentária um laço vermelho e umas meias pura lã azul cueca.). Ouvia-lhes as gargalhadas francas (eu que até sou um pouco mouca), o meu chão já estremecia na cadência dos seus passos... Era inevitável! Acrescentando a estes prenuncios existia a minha azia, esta que surge não quando eu exagero nas gorduras, tabaco, ou somente nas quantidades industriais de comida, não, ela surge quando esses meus visitantes assiduos, decidem fazer mais uma visitinha, saberem como estou, como tenho andando, se podem fazer mais alguma coisinha por mim.
Não, não é incomodo nenhum... estamos cá é para essas coisas, onde é que ja se viu, uma pessoa do seu gabarito, tão boa pessoa ... por "mor de Deus"! Não é transtorno nenhum, claro que se arranja por ai mais qualquer coisita. Mais de uma semanita sem um problemazito, sem uma ansiedadezita, sem uma dorzita pequenina que seja de alma... oh não, não pode ser... nós tratamos já disso... por quem é?!
Pois claro, mas a verdade é que até eu ja estava a duvidar de todos os sinais! mas hoje lá se provou que os meus indicadores pessoais de demónios interiores não estão avariados (uff, estou muito mais descansada!)
REBOCARAM-ME O CARRO! logo a mim... eu que nunca prevarico!
pronto, esta bem ... o reboque do carro não é propriamente um demónio interior... mas foi um inferno!

sexta-feira, setembro 09, 2005

Demónios interiores

Demónios interiores Sentei à minha mesa
os meus demónios interiores
falei-lhes com franqueza
dos meus piores temores tratei-os com carinho
pus jarra de flores
abri o melhor vinho
trouxe amêndoas e licores chamei-os pelo nome
quebrei a etiqueta
matei-lhes a sede e a fome
dei-lhes cabo da dieta conheci bem cada um
pus de lado toda a farsa
abri a minha alma
como se fosse um comparsa E no fim, já bem bebidos
demos abraços fraternos
saíram de mansinho
aos primeiros alvores
de copos bem erguidos
brindámos aos infernos
fizeram-se ao caminho
sem mágoas nem rancores Adeus, foi um prazer!
disseram a cantar
mantém a mesa posta
porque havemos de voltar
Jorge Palma- Demónios interiores
Acho que brevemente terei nova visita...

ardor...

Não sei definir esta dor que trago comigo... nem mesmo utilizando a escala analógica da dor vou longe! Não lhe chamaria própriamente dor... é antes um ardor, ou seja: uma dor que arde, ou será qualquer coisa com ar de dor, mas que não é dor, antes algo que se faz passar por ela?!!! Supostamente, sentir-se dor é um acontecimento negativo... ou não, talvez a dor aguda sirva de alarme, o que pode ser considerado benéfico! Mas então, que raio esta pseudo dor está a querer avisar-me?! Podia trazer um bilhete junto, como acontece com as crianças que são abandonadas à porta de uma familia feliz. Simplificava muito as coisas... Espécie de dor, ar de dor, ardor que provém do estomago e invade todo o tubo digestivo terminando na cavidade oral. Para acalma-la existem diversas técnicas, utilize a que mais lhe aprover!Desde comer pasta de dentes à colherada de açucar, evite fumar ou beber café, se persistir consulte o seu médico de familia, ele irá passar anos a tentar descobrir de onde provém esta falsa dor e acabará por agonizar a tentar suavizar o ardor... Seria um bilhete pouco estimulante, mas assim ja saberia com o que podia contar! O que me agrava mais esta sensação de queimadura que se vai alastrando para todos os orgãos anexos ao tubo digestivo, é não saber o que me espera, a incognita do futuro, não saber como agir para não (me sent) ir arder no inferno com os meus múltiplos ardores! O mistério da vida e das suas dores dão-me sempre ganas de beber àgua aos litros, para que o ardor deixe de o ser... mas estamos em época de contenção dos gastos de àgua... (revisão de um texto escrito em 2002... porque hoje tou cá com uma azia!)

segunda-feira, setembro 05, 2005

A semelhança entre esperançado e despedaçado é só da minha cabeça?!