domingo, agosto 27, 2006

A ervilha caiu no penico azul bebé

Escrevi muito.
Centenas e centenas de linhas, palavras, ideias, disparates... Pensamentos insanos ou talvez não!
Mas comprometi-me primeiro a escrever sobre algo que não me apetece!
O que escrevi ao longo de quase um més de ausência perde-se/perdeu-se entre sinapses e circunvalações do meu pouco musculado orgão pensante! Perderam-se verdadeiras obras primas! Possiveis revelações da literatura... Só voces ficam a perder! Eu tenho-as comigo... São momentos, que estão algures no labirinto cinzento!
Para não ter mais desculpas, vou então iniciar o post que prometi na caixa de comentários anterior...
Lembram-se do post sobre a ervilha e o penico? pois é, isto é uma ervilha, um penico que varia de cor. Esta coisa, que se chama blogosfera, é claustrofóbica! Pequenina, pequenina!
Antes de se iniciar nestas lides conhece-se pessoalmente meia duzia de pessoas que possuem um blog, essas pessoas conhecem outra meia duzia. Por acaso na esplanada do café onde se bebe descontraídamente umas pingas comentam-se um post.
Essa gaja? É louca! conheço-a há anos, ainda dei uma voltinhas com ela, mas fugi a tempo!
Assim estabelece-se uma teia de conhecimentos.
Sabes o António? O filho do homem do talho que casou com a Adelaide dos caracois. Sim aquela que tem uma tia em Vouzela que o marido lhe pós os cornos com uma míuda manca que so queria o dinheiro dele, blá blá blá... No final descobrem que são todos irmãos gémeos separados à nascença da mesma telenovela da TVI.
Gosto do anonimato!
Gosto de ser filha única, de fazer as birras que me apetecer sem ter que ouvir: tens que pensar nos teus irmãos, poupa a roupa que eles ainda vão vestir essa camisola rota nos cotovelos!
Gosto de primos chegados, com quem posso fazer as birras que quizer... eles conhecem-me bem não precisam de cá vir para saberem de mim, para me saberem.
D'outros familiares também gosto! Acredito na familia, mas não de jantares todas as semanas...
Não quero com isto dizer que não aprecio estabelecer contactos com esta familia, adoro, fico empolgada qual menina mimada! Mas o conhecer, o partilhar tira magia às princesas... e eu acima de tudo sou uma princesa!
Já conheci elementos desta familia, gostei de os conhecer, ainda hoje mantenho contacto. Porque resolvi ir ao ponto de encontro? cativaram-me! Os melhores amigos das mulheres são os diamantes, em caixas bonitas...
Não me perguntem pelos outros elementos da familia... Sobre primos chegados não dou informações, é uma tradição secular, que respeitamos sob pena de nunca mais beijarmos a mão ao Padrinho... Sobre os outros familiares, pouco ou nada sei... sei tanto como voces: SOMOS todos loucos!
À procura de quê?!

quarta-feira, agosto 02, 2006

O dia de Ontem

Bom dia! Gostaria de aqui chegar e escrever sobre o meu dia de ontem. Era simples, começaria por descrever o encontro que tive com um amigo, o bem que soube partilharmos as músicas, os momentos, as bebidas, momentos passados e sonhos presentes. Comentaria sobre o facto de como acordei e trôpega confirmei que apesar de não o estar me senti sozinha... Falaria de telefonemas extensos que me deixam preocupada, de telefonemas que me exigem a atitude práctica que aquela hora não tinha, de telefonemas curtos que me deixam um misto de incredulidade ( se é que a palavra existe) e alegria e finalmente de telefonemas que me arrancaram subitamente da bolha onde me encontrava envolvida. Queixar-me-ia da dificuldade de deixar de fumar... Falaria de como é agradável comer umas garfadas de comida saborosa, de como pode ser divertido vomitar massa, apesar da indisposição. Questionar-me-ia sobre a ridicula questão do que diferencia a paixão e o amor e se já senti algum dos dois ou se ambos; Sobre o que é a moral, a ética e de que forma vivêncio/mos... o bem versus mal existe? Divulgaria que na genaralidade não gosto de animais, mas remataria que existem alguns que aprendi a gostar... Perguntaria o que me faz gostar das pessoas, ficar com elas, sentir-lhes a falta, demonstrar a umas e não a outras... Falaria do encontro com outro amigo, da forma como o queria abraçar e dizer-lhe coisas bonitas e como sempre acabou por ser ele a dizer-me coisas feias... Como terminei a frase da miúda da minha idade: "O sol alimenta-nos" e apeteceu-me cuspir-me na cara. (As coisas feias tem razão de ser meu amigo, infelizmente tens razão... Também me disseste uma coisa bonita: Terminou! Para, não continues... Para e abraça-te, sorri, terminaram 8 anos, para, centra-te pensa no que queres agora, no que te faria feliz e fa-lo, os outros não interessam se não te sentires bem... começa a pensar em ti e abraça-te! Agradeceria à vida por esta pessoa, pela qual já me perdi, encontrei, perdi... mas que continua a ser das poucas que me faz mergulhar no mais escuro que há em mim! Não gostei de te ver... não por mim, por ti! e não te abracei...) Falaria de como é simples optar entre o prazer físico mesmo que envolto em clichés que me fazem falta e o estar com alguém que amamos e se encontra um farrapo segundo a própria... ( farrapo uma ova! cabeçuda orgulhosa mas, desde que o saibas é mais facil...) De como ver um grupo de amigos que não vemos há uns meses a olharem para nós a dizerem: estás linda, olha para ti! me deixa de sorrisinho timido na boca, mas sorrisinho... De como já estou velha para tanto álcool, não me aguentando no dia seguinte acordada durante muito tempo. De como a melancolia me invade após as coisas boas... De como estou sem paciência para eventos sociais. Poderia escrever sobre tudo isto! mas não sou capaz de o fazer num único post, e acima de tudo falta-me a objectividade necessária... Por isso este post é apenas para dizer: passo imenso tempo ao telefone...