sábado, dezembro 16, 2017

Passo as noites em claro, procuro qualquer sinal de que não é este o caminho a seguir.
Procuro-te nas entrelinhas do que os outros escrevem.
Procuro-me nas linhas que escreves
Ouço-te e não me revejo nos teus acordes.
Que estou a fazer? Procuro a sintonia dissonante?
Que sei eu de melodias? Nunca fui melodiosa, toda a minha vida tem sido um ruído ... ou o silêncio absoluto de tudo... Que barulho fazemos a cair? e que barulho fazemos ao permanecermos caídos?
Não te mexas pode ser que ninguém dê conta...
Dá tão menos trabalho permanecer imóvel, sorriso no rosto, piada pronta a sair, conselho de ocasião, mas imóvel... sem nada  mais, além deste sobretudo de luxo, protector contra as chuvas destes Invernos hostís do nosso descontentamento... desta quase vida... de nada...
São quase 8h e eu estou aqui sentada a este computador sem saber o que sentir...
Já não faz sentido procurar seja o que for. mas continuo a vasculhar em papeis, em malinhas, em linhas (má - linhas), e fotos antigas ... e não me encontro em nada disto, se não me enquadro porque teimo em permanecer?