sábado, dezembro 27, 2008
Sector E
A minha mãe faz-me sopas.
ela sabe do que eu preciso! Precisas é de sopas e descanso!
pois é maezinha, as tuas sopas e o meu descanso que combinação perfeita!
Enquanto escrevo isto como a segunda tigela de sopa de cenoura, para ir trabalhar... Olhas-me...
quarta-feira, outubro 15, 2008
Obrigado mãe...
Não me lembro se chovia naquela noite.
Três anos, 2 meses e 5 dias depois, lembro-me com a memória do ouvir dizer: trovejava. Naquela noite não me lembro...
Os corredores eram longos e a hora avançada.
A mão que me tocou era rude latex.
A mão mordida, até hoje marcada a dentes caninos e pré-molares, veias fibrosadas, sinais castanhos dispersos, pele seca com cheiro intenso amoniacal.
Deitada chorava, pedia ajuda, tentava expulsar a dor e a angustia, só o amoníaco ajudou a suportar a dor de se libertar do que era seu, do que lhe estava dentro mas não era para estar...
Ainda não era altura de sair, mas queria... nessa tentativa de fuga, como em tudo: hesitava, voltava costas para as saidas... queria evadir-se, apressada, num impulso, contudo pos-se de costas... Se calhar mais um bocadinho não fazia mal... assim sofria, perdia capacidade vital, debilitava quem a continha, quem lhe abria as portas e lhe mostrava o caminho...
Vem é por aqui. Não é seguro, não é facil, até convém que chores bem alto quando vires a realidade. É a única saida... ou isso ou a inercia, a não decisão, o ficares aqui dentro, enrolada sobre ti mesma. Conduzes-te à morte, minha e possivelmente minha, ao sofrimento de quem (já/ainda) te ama.
Sai dai!
Mostra-te ao mundo!
Deixa-te tocar, e chora, grita depois ri, sofre com o rebentar das gengivas, podes sempre bolsar no meu ombro... Quando caires por não saberes andar, eu tomar-te-ei nos meus braços...
Sai daí!
Oferece ao mundo o teu potencial!
Oferece-te Plena, Pura, Real, a ti mesma a ti!
Nem sempre saberei ver o que me ofereces... Mas tu saberás!
Não me lembro se chovia naquela noite, nem sequer de memória de ouvir dizer! Hoje 30 anos depois não chove lá fora... cá dentro está quente, mas teimo em ter umas infiltrações que a qualquer momento me sujam as paredes!
domingo, setembro 28, 2008
Falta!
Não de ti, mas ...
Das tuas particularidades.
Das nossas vulgaridades... Não de ti!
Do meu Riso inocente e puro.
Da placidez, perante o meu desespero, aplacado com duas palavras que o tornavam em serenidade ou em esperança e fé.
Do Dormir com a leveza do teu corpo enrolado sobre o meu.
Do brilho do teu olhar oferecido às crianças que ainda brincam no jardim em frente.
Do entusiasmo musical em alturas de entusiasmo sexual.
Das tuas refeições pouco condimentadas.
Da culpa da maionese em excesso para os meus males estares gástricos.
Do riso Alarve perante a minha auto comiseração: " Tenho um mal!"
Da gabarolice.
Do deleite ao encher o bandulho.
Do sexo entre Séries da fox e bolachas com leite.
Do sonho...
Mas não sinto falta de nós...
segunda-feira, agosto 25, 2008
Auto de uma Danada
Este blog anda assim lentinho, quase parado...
A particula também gostava de andar lentinha, quase parada.
A verdade é que anda agitada, cheia de compromissos, reuniões (pois que ela é importante, ainda não tinham reparado?!). Sem tempo a perder e tempo é dinheiro!
Dinheiro faz girar o mundo.
O mundo da particula gira, que gira e volta a girar... será que no meio de tanta tontura, quando parar de girar, repara que parou exactamente no mesmo ponto onde tinha começado?!
Ás vezes tem medo... mas quando isso lhe acontece dá mais uma voltinha porque parar é morrer!
Como diria Jorge Palma: particula particula de que é que estas á espera?
A particula não sabe, desconfia que nunca saberá...
A particula tem família, a particula ama a familia.
A particula tem amigos, a particula ama os amigos.
A particula tem trabalho e trabalhos, a particula nem sempre desama o trabalho.
A particula tem muitos amores!
Hoje a particula está triste... Não sabe amar da melhor forma... (amando-se?)
Gostava de saber escrever como O Sr que conheci hoje: Lobo Antunes, gostava de me ter descabelado, dado gritinhos histéricos, pedir um autografo na roupa intima, mas fui salva pela farda.
Continuo a escre(vi)ver de uma forma sofrível...
sexta-feira, julho 11, 2008
Pedes-me que explique. Como explicar o não assimilado, o não entendido?
Sentido de forma plena, visceral... Não entendo: não posso explicar!
Posso descrever factos, não explica-los.
Posso proporcionar momentos... as explicações virão depois com o tempo sobre o próprio tempo e sobre nós!
Perante o pedido encontrei a forma mais pobre de tentar fazer-te entender o que nem eu entendia... dorme comigo esta noite! não tinhamos tempo... Temos todo o tempo!
Temos o tempo das nossas vidas... e falo no plural.
Não devia, estou a incluir-te numa coisa que não sei se estas ou se foste incluido... isso cabe a ti saber ou descobrir!
Estou incluida desde o primeiro embaraço de palavras...
De ti nada sei...
Não te conheço.
Fumamos um cigarro na sauna, mas não me conheces.
Após o fumo do cigarro fui para casa olhar-me ao espelho, este riu-se alarvemente de mim... prepara-te amanhã vais à morte!
Não! mesmo que lhe passe pela cabeça matar-me, após os primeiros minutos desiste...
Não sei se foi isso que se passou...
Eu senti o toque da morte, o seu bafo bem quente na minha orelha esquerda... acredito que me quizeste levar nesse dia à morte, e no dia seguinte... e espero eu, em mais que houvessem!
Senti o brilho, (meu?! teu?! nosso?!) não sei... senti!
Tivesses-me dito: anda! eu teria ido...
Loucos falam-me de ti... oiço-os dizer estavas triste, eu vi... ficavam bonitos os dois! faço o meu ar de gozo, e coro... estou eu a ficar louca? sou eu a louca?
Sinto a falta de alguém que não conheço.
Não estou triste, sei que te irei conhecer... tempo.
Se esse tempo não chegar é porque não é importante...
Importante foi fumarmos juntos! e pela primeira vez, eu ter acendido o isqueiro...
Estranho... apesar de não ter ido à morte, morri!
Obrigado por me teres matado!
sexta-feira, junho 13, 2008
Para seres grande sê inteiro...
Não pertenço aqui... e o aqui é todo o lugar onde me encontro.
Gosto de estar em muitos lugares, tenho um prazer imenso em permanecer em diversos locais, como em ti... devoro a maioria dos momentos em ti, em mim, aqui, e quando estive ali, acolá e além.
A verdade é não lhes pertenço.
Não te pertenço.
Não me reconheço parte de nada, de mim...
Desterrada, sempre.
Bem acolhida, tratada por vezes como rainha, outras como indigente, mas nunca sou daqui, sou sempre foragida!
Foragida de mim?!
Sou fiel ao slogan venha para fora cá dentro? viajo em mim, tiro fotografias, compreendo hábitos e culturas, trago comigo souvenires, beijo os locais, vou às festas, visto-me como os nativos... mas tenho sempre saudades de casa... sempre a necessidade de voltar...
Para onde?! Não sei...
sábado, junho 07, 2008
Pic-nic
Doem-me os tornozelos.
Tenho-os inchados, opados, endemaciados.
As soketes garrotam-me os artelhos.
Ando Descalça e o Olho de Boi na planta do pé exacerba.
Ando calçada e os tornozelos obesam...
sushi de mano... Puto do...
As febres não baixam, sorris-me quando te agarro a mão feita de pele viscosa.
Viscosa e cinzenta...
Casamos para o mês que vem, com cerejas no topo da boda.
A aliança foi comprada numa esplanada ao sol, tem uma luz vermelha e apita.
Doe-me, aqui... cá dentro também está viscoso, como a tua pele que afago e me sorris.
Doem-me os tornozelos e é tudo.
sexta-feira, maio 30, 2008
terça-feira, maio 13, 2008
Parabéns?!
Este blog tem 3 anos de existência!
Eu estou irritada.
Tudo é mau e não presta!
Tudo me irrita... Até o facto deste blog ser uma valente merda!
Por tudo isso: parabéns seivados dias por me permitires excretar os meus venenos...
domingo, maio 11, 2008
E nem Amigos Ficamos...
"Que estupidez tudo aquilo, as discussões, os silêncios, os pequenos ódios roídos com fúria como ossos de borracha, as inúmeras pontas de cigarro e as nossas cabeças lado a lado no espaldar da cama, sérios, obstinados, furibundos, irredutiveis, com a prega ao meio da testa formando a bissectriz do ângulo longínquo dos pés. Deves ter envelhecido nestes anos mais que os anos que foram, (...) seres impetuosamente infeliz, tornares-te impetuosamente mais feia, e desleixada, e pouco limpa, até a noite do meu esquecimento se fechar sobre ti num suspiro irrevogável de àguas murchas. (...)"
Auto dos Danados: António Lobo Antunes
domingo, maio 04, 2008
projecto I
Sou bomEu cá sou bomSou muito bomEu cá sou bom,Sou muito bomSou sempre a abrir !Eu cá sou bomSou muito bomEu cá sou bom,Sou muito bomSou a partir!E sou tão bomE sou tão beloE sou tão altoE sou tão forteE tão gentilEu cá sou bomSou muito bomSou do barilVocês são tam...Não valem nada...Eu cá sou bomSou bom bom bomEu cá sou bomSou muito bomEu cá sou bom,Sou muito bomParanormalEu cá sou bomSou muito bomEu cá sou bom,Sou muito bomSou o maioralE sou tão bomE sou tão beloEsou tão altoE sou tão forteE tão gentilEu cá sou bomSou muito bomVim do BrasilVocês são tam...Não valem nadaEu cá sou bomComo consegues ser tão bom?És sem dúvida o maior !Vocês são tam...Não valem nadaEu cá sou bom.Como consegues ser tão bom ?És sem dúvida o maior!letra: Xutos & Pontapésmúsica: Xutos & Pontapés
terça-feira, abril 29, 2008
sábado, abril 05, 2008
3 para matar se faz favor!
Once Upon a Time in the West (1968), de Sergio Leone: Havia três homens na vida dela: um para a levar, um para a amar e outro para a matar.
quinta-feira, abril 03, 2008
Obrigado!
quinta-feira, março 27, 2008
sábado, março 08, 2008
Equipa maravilha!
É raro ligarem-nos a dizer que ouviram falar de nós... Bem!
Obrigado! Estava a precisar!
Não queres fazer parte?
quarta-feira, março 05, 2008
Impressões
Encontraram-se como que por acaso...
Ambos de fato de treino (azul), suados após os exercícios diários.
Sorriram.
Bebidas electrolíticas (vermelhas) para dois: essenciais ao correcto funcionamento do organismo! Um dia de cansaços e excreções de fluídos...
Não têm nada a esconder, nem a mostrar!
Bebem. Conversam porque lhes apetece. Ao contrário também estaria bem: Então muito boa tarde, adeus!
No final vão-se embora.
O que fica não é dor, não é reconforto. São pensamentos vádios! Muito por perceber... não é fundamental que se perceba tudo!
Mas gosta de desmontar peças. De voltar a encaixa-las.
Sobram peças... desemparelhadas!
Não fazem falta, tudo funciona normalmente. Mas estão ali... lembram-lhe que algo está imcomplecto, nunca saberá onde as colocar.
Deitá-las fora? Seria o ideal!
Odeia deitar coisas fora.
Acumula.
Coisas inúteis como: kilos (muitos)!
domingo, fevereiro 24, 2008
Ao Menos que Valha a Pena...
Pergunto-me se vale a pena.
Vale a pena?!
Sei lá!!!
Mas o que queres tu porra?!
Sei-lá!
Mas então o que sabes tu?
O que não quero! E não quero que não valha a pena!
Subscrever:
Mensagens (Atom)