sábado, junho 07, 2008

Pic-nic

Doem-me os tornozelos.
Tenho-os inchados, opados, endemaciados.
As soketes garrotam-me os artelhos.
Ando Descalça e o Olho de Boi na planta do pé exacerba.
Ando calçada e os tornozelos obesam...
sushi de mano... Puto do...
As febres não baixam, sorris-me quando te agarro a mão feita de pele viscosa.
Viscosa e cinzenta...
Casamos para o mês que vem, com cerejas no topo da boda.
A aliança foi comprada numa esplanada ao sol, tem uma luz vermelha e apita.
Doe-me, aqui... cá dentro também está viscoso, como a tua pele que afago e me sorris.
Doem-me os tornozelos e é tudo.

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