Incógnita... depois das palavras a expectativa das palavras não ditas! O subententido... ainda não sei se sou eu que quero que exista algo no nada... ou se realmente para este bacalhau meia palavra não basta!
Incógnita... depois das palavras a expectativa das palavras não ditas! O subententido... ainda não sei se sou eu que quero que exista algo no nada... ou se realmente para este bacalhau meia palavra não basta!
"Nenhum homem sabe verdadeiramente como são os outros. O mais que pode fazer é supô-los semelhantes a si (...) Às vezes supreendo em certos rostos olhares de animal elouquecido à procura de um sítio calmo, secreto, onde o espirito pudesse sossegar e o homem reencontrar-se para fazer o exame de consciência (...) Tudo o que acontece está certo, quer seja bom ou mau." in O Inverno do Nosso Descontentamento
Passaram-no para as mãos sem grandes explicações. Cuida dele! A princípio não sabia como... Pegou-lhe a medo, com precaução não fosse desatar num choro desenfreado que ele não saberia conter... trazia-o sempre consigo, mesmo nos momentos mais íntimos existia aquela presença, aquele ser... deu-lhe banho, penteou-o, até lhe deu de comer... Durante a noite acordava só para verificar se ele ainda ali permanecia! Os seus braços ganharam a sua forma... Passados três dias voltaram, sem grandes explicações tiraram-no das suas mãos. Desatou num choro contido... Já não era apenas um boneco! o peso que deformou a forma dos seus braços, tornara-se forma no seu coração... Não vez que é apenas um boneco?! para ele já não era só um boneco... ele tinha-lhe dado a vida!
- Pois para ti é facil... Tem-te acontecido só coisas boas...
- Sim tem-me acontecido muita coisa boa!
Sim, na realidade ultimamente não se podia queixar... sentia-se bem, em harmonia consigo! Com o mundo tinha dias... mas sim, encontrava-se serena! Mas que raio! facil?! fez um sorriso amargo? ironico?! facil... pois! Como se fosse leviano o acto de ao acordar, escolher minunciosamente a indumentária a vestir nesse dia, de preferir vestir laranja em vez do costumeiro fato preto... Os acontecimentos felizes, a que se referia eram internos, processos de pensamento que descobrira, contruira, a fim de poder tirar a mão do queixo! não, não lhe era facil conviver diariamente com a sua realidade... Se fosse a pensar objectivamente... quem lhe dizia que na sua posição o percurso era facilitado, possuia o que ela acreditava serem as peças que lhe faltavam, para a decisão - O que vestirei hoje?! - ser leviana! A da vizinha... Facil... não era nada facil nem simples, mas era do modo que ela queria... Precisava... Tentava...
"A alegria adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um acto de vontade. " Gaston Courtois