sexta-feira, dezembro 30, 2005

Morphine - I'm Free Now

I'm free now to direct a movie Sing a song or write a book about yours truly How I'm so interesting I'm so great I'm really just a fuck-up And It's such a waste to burn down these wall around me Flexing like a heartbeat we don't like to speak Don't talk to me for about a week I'm sorry it just hurts toexplain There's something going on that makes my guts ache I got guilt I got fear I got regret I'm just a panic stricken waste I'm such a jerk I was honest I swear the last thing I want to do Honest I swear the last thing I want to do Is ever cause you pain Oh I'm free nowFree to look out the window Free to live my story Free to sing along Oh I'm free now to direct a movie Sing a song or write a book about yours truly How I'm so interesting I'm so great but I'm really just afuck-up It's such a waste to burn down these wall around me Flexing like a heartbeat we don't like to speak Don't talk to me for about a week I'm sorry it just hurts toexplain There's something going on that makes my guts ache inside I got guilt I got fear I got regret I'm just a panic stricken waste I'm such a jerk I was honest I swear the last thing I want to do Honest I swear the last thing I want to do Is ever cause you pain Oh .

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Num blog perto de si...

Para quem anda distraído, eu a super particula, com os meus super poderes reconheço orgulhosamente ter servido de dínamo para o surgimento de um novo super blog: "fora de contexto" que um tal de olheiras, para os amigos, ou nos circulos culturais mais restritos: sr Augenringe, estava a evitar à muito... Deliciem-se com o que ai vem!

Dúvidas de Natal III... a continuação!

Ok, eu sei que estava a pedi-las... mas não era necessário iniciar-se um blog só para responder a uma pequena provocaçãozinha!
Mas prontos sr augenringe/olheiras eu tipo, que acho muito bem! Seja bem vindo, mas tente não ser sempre tão reactivo que lhe faz mal a essas suas mãos e coração de verdadeiro virtuoso! :D

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Dúvida de Natal I

Afinal sempre houve azevias ou não?!
e se as houve quem as comeu?!

Dúvida de Natal II

Quem faz um Vinho fá-lo com Mosto?!

Dúvida de Natal III

É possível ser-se um virtuoso e uma joia de moço simultâneamente?!

Pior prenda de Natal!

Inauguração da categoria pessoal: Queca de Merda

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Gosto de...

Gosto de sorrisos! Alegres, frescos, vermelhos carnudos. Com os lábios suficientemente entreabertos, de forma a se descortinar o brilho esmaltado de uns bonitos dentes brancos!
Espontâneos, com covinhas de preferência, ou sem elas!
Marotos, atrevidos, puros, inocentemente maliciosos, puramente obscenos como as virgulas!
Gosto de sorrisos como gosto de virgulas, e de todas as palavras que me façam enrolar subtilmente a língua.
Gosto dos sorrisos que me enrolam, envolvem, tocam, marcam, que me levam a...

domingo, dezembro 18, 2005

Há dias assim...

Mesmo que a tua banda não passe do primeiro single eu continuo a amar-te.

Banda de Natal

Desde pequena que sonhava em ter uma banda!
Ansiava por poder tocar um instrumento, fosse qual fosse, até podia ser a vocalista!
O que realmente importava era ter uma banda!
Não sabe tocar, nem tão pouco cantar... mas o seu desejo manteve-se sempre inalterado! De tal forma que este forte ensejo, que se alojava no coração, com o passar dos anos, com os ritmos cardíacos pouco ritmados, com os diversos impulsos electricos de base sinosal, foi migrando lentamente!
Hoje tem uma banda, alojada no estômago! Os pratos da bateria salpicados a verde brocolo, o saxofone corado a bordeaux vinho, as cordas da guitarra vão fatiando batatas para fritar, a pandereita serve finas panquecas enquanto os ferrinhos vão batendo alvas claras em castelo, os adufes povilham a canela o arroz doce... Tem uma verdadeira banda dentro do seu dilatado estômago... a voz essa é de um vómito seco de quem se entrega em demasia aos prazeres...
Hoje ainda não é feliz... Cumpriu o seu sonho: tem uma banda dentro dela!
Sempre ouviu dizer: o que conta é o interior!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Quem tem unhas toca guitarra

Sopram-te nas narinas, tentando dar-te vida... Já acenei, gritei, sussurei, não me ouvem! Tu estás morto. Recebi a noticia por telegrama... não me chocou. Pareço insensível... Sofrias de doença prolongada... já estava á espera há muito que tal acontecesse, na verdade sinti-me ligeiramente aliviada, por mim, por ti, por todos aqueles a quem a tua doença pudesse vir incomodar! No fundo é uma benção... Continuam as manobras de reanimação... contam até 15. De novo. Não desistem! Estás morto! Não desistem de um cadáver... Aproximo-me do teu corpo inerte e frio, retiro do meu pescoço a única prenda que me deste: uma coleira azul metalico, bordos finos cortantes. Junto os seus bordos aos teus pulsos, num gesto seco decidido retiro-te a única parte tua que foi minha: as mãos! as tuas mãos nas minhas ancas, coxas, na minha boca, as tuas mãos frias, como agora, no meu sexo! lambo-te os dedos a pingarem sangue, como sempre gostei de os lamber a pingarem desejo! Meto-as nos bolsos da gabardine, continuam frias... O coração que fique quem quizer com ele, de ti só quero a fria recordação de umas mãos... Morreu de que?! De que havia de ser?! Só se morre de uma causa: coração sem mãos que o segura-se... nunca conseguiu ter o coração nas mãos e oferta-lo...

domingo, dezembro 04, 2005

Decadência III

A Decadência é recorrente... este blog prova-o!
Desta feita atraves do vazio...
Oco... O Nada há muito que não roça no Tudo, numa recta circular...
A Decadência da ausência!

sábado, dezembro 03, 2005

Emigração

- Eu?! Nunca... para quê ir lá para fora se estou tão bem aqui?!
- Bem?! queixas-te de falta de dinheiro, de motivação, de interesses...
- Sim, Sim, mas não tenho que me preocupar com nada...
- Ama-la?!
- Não! mas estou bem com ela...
- pela mesma razão porque não vais para fora...
- Oh pá... não é só isso... O sexo também costumava ser óptimo!
- Costumava?!
- Sim.... é só uma fase!
- Enquanto isso vais ficando...
- Sim, vou ficando.
- Mais pobre!
- Não! Menos Utópico.
- Menos Ser!

sábado, novembro 26, 2005

Perante mim me agiganto... grande, completa, enorme, coesa, integra, transcendente, eloquente, sábia, perspicaz, plena... hiperbole de merda!

sábado, novembro 12, 2005

sexta-feira, novembro 11, 2005

Europa 02 (VIII)

"Doenças
Perseguem as doenças estranhas. Perseguem os doentes estranhos. Quem tem uma doença estranha deixa de ser doente, entra na categoria do criminoso.
Ter uma doença normal significa que se obedeceu e se foi exacto nas funções. Uma doença estranha revela uma falha: faltou-se à higiene ou à verdade."
Jerusalém

Europa 02 (VII)

Europa 02 (VI)

Exame Médico

Por vezes só assustam. Abrem uma fenda na pele e depois fecham-na. Arrumam os aparelhos. Dizem: nenhuma doença; e sorriem. Afastam-se, e tu começas a vestir-te.
Outras vezes é diferente. Fazem pequenos cortes. Tocam-te com os aparelhos. Tiram pequenas coisas do teu corpo, não interessa o quê; não magoam."
Jerusalém

Europa 02 (V)

Europa 02 (IV)

"Exame Médico
Os exames médicos são feitos em sítios públicos.
Estás sentado. De repente, tocam-te no ombro, e dizem: Exame Médico. De imediato levantas-te, encostas-te à parede, e despes-te por completo.
A cada Exame Médico marcam uma cruz nas costas da mão. Há pessoas que já fizeram dezenas. E todas as pessoas sabem que as doenças surgem com os exames médicos.
Como são marcados nas costas das mãos alguns procuram rodar os braços para manterem as palmas viradas para cima. Mas com esse gesto denunciam-se. Provocam maior repulsa. Os outros afastam-se. "
Jerusalém

Europa 02 (III)

Europa 02 (II)

"Registo
Quando o som surge tens cinco minutos para regressar ao teu compartimento. Aos metros quadrados que são a tua propriedade.
Não podes sair dali, e ninguém pode entrar.
Só depois de fazerem o registo é que podes sair do teu espaço privado. Para algumas pessoas o Estado de Registo pode demorar dez minutos e para outras dez dias.
Podes ficar dias sem saires do teu espaço. À espera. Quando passa muito tempo e já ouves os outros nos corredores comuns, ganhas ansiedade.
Pensas que te esqueceram.
Registam o teu corpo, as medidas exteriores. Levam amostras de tudo o que ele produz e também registam as tuas coisas, contabilizam os objectos do teu espaço. Tiram fotografias de diferentes pontos. Confirmam números. Comfirmam se há algo no compartimento que não te pertença. ou se falta algo."
Jerusalém

Europa 02 (I)

sábado, novembro 05, 2005

liquefeita...

Mais uma vez o inacabado, incompleto, a sensação de falta.
Estou em estado aquoso, fugidia...
Apetece-me morder, trincar, devorar e só consigo pensar nisso... doi-me o estômago!
Oiço-o a gemer...
Também gemeria se...
Apartir de agora só me terás em estado líquido!
Tens sede?! Bebe.
Tens fome?! Posso ser àgua para lavar as tuas feridas, sumo para a tua conhecida gula, leite para a tua juventude, gin para te tornar ébrio... os teus dentes não voltarão a morder-me! Se queres, bebe-me!
A comida serve-se quente. Tenho o termostato estragado.
O estômago não aguenta sólidos por muito tempo... vomita-os como se vomita o nojo de se ter existido...

Inacabada

Acendo mais um cigarro e preparo-me para dormir... com a sensação de sempre: deixei ficar alguma coisa para trás... e o pior de tudo é que sei o quê!

domingo, outubro 30, 2005

Um Grão de areia altera o funcionamento da pesada roda dentada da rotina...

sábado, outubro 29, 2005

Descrente!

Amamos porque temos corpos, suores, sucos, porque os queremos a colar, roçar lambuzar, morder, ouvir ... amo-te porque gosto de foder, amas-me porque faço uns broches fabulosos!
Não fodo aqueles que mais amo, quanto mais fazer amor...

sexta-feira, outubro 28, 2005

terça-feira, outubro 25, 2005

Se até sexta feira, me virem por aí... têm a obrigação moral de me dar um tiro! Por favor!

Decadência...II

A gaja dentro de mim está tão ao rubro que não consigo disuadi-la de linkar testes para saber que tipo de escrava é ...

segunda-feira, outubro 24, 2005

Decadência...

Isto está cada vez pior! Cheira à distância a blog de gaja... Decididamente: "...as raparigas dão comigo em doido, pois são demasiado raparigas..." (O Inverno do Nosso Descontentamento)

Um Novo Olhar

Sob a densa nuvem de fumo que intoxica a cidade perscrutam-se os olhares das pessoas que passam, que permanecem, já nada permanece intacto! Ouvem-se gargalhadas, mas não descortino os lábios que as emitem. Murmúrio de gemidos, indecifrável se de gozo ou dor... A espessa atmosfera nada permite vislumbrar... apenas um brilho no olhar: esboço um esgar semelhante a um sorriso... já o vi assim antes! Observo pelo canto dos baços olhos castanhos...
Esse teu novo olhar é repetido! O angulo é que se modificou ... Fecho os olhos e sorrio... tudo corre como o previsto! O previsível também pode ser emocionante! Lisboa, hoje é apenas uma barreira de fumo a transpor... dois farois a iluminar um caminho que não o meu! Boa viagem... encontramo-nos na próxima estação de serviço, num dia de olhos castanhos sol!

sábado, outubro 22, 2005

Vidro Fosco

Uma mesa branca encostada a vidros semi opacos que deixam transparecer as gotas de chuva lá fora. Cinco cadeiras, tambem elas brancas. Um cinzeiro no branco da mesa, preto. Ao balcão 3 homens falam da melhor marca de cerveja...
Na mesa branca duas chavenas de café vazias: uma é minha... converso contigo, como foi o meu dia, os meus medos, as minhas esperanças, espero pelo teu abraço apertado. As tuas angustias, alegrias, dou-te um beijo na palpebra esquerda.
Acendo mais um cigarro que acabo por juntar às três beatas no cinzeiro preto ao lado do copo de àgua, pedido antes do café...
Fecho o caderno amarelo onde escrevo. Reparo que existem quatro cadeiras brancas vazias, a chavena de café, que não a minha, é a do cliente anterior... Esta conversa real é só minha! Tu tal como o dialecto que utilizo foste por mim criado... Tu não existes, mas continuo a beijar-te os olhos, porque me faz bem beijar almas ao pequeno almoço... Já só estão dois homens ao balcão, o terceiro homem também nunca existiu... é uma invenção de dois homens ao balcão de um café com uma mesa branca com quatro cadeiras vazias, um cinzeiro preto com quatro beatas junto a um copo de àgua, duas chavenas de café vazias e um empregado desleixado!

quinta-feira, outubro 20, 2005

Branco Sujo!

Voltou... quando ela já não estava à espera, já estava de pijama com o halibut na cara (é a única coisa que lhe resolve o problema das borbulhas, causadas pela recente apanha de azeitona).
Bateu à porta?! não qual quê! para que tem a chave guardada durante anos?! é pra entrar (tal como a boca é para falar, mesmo que...)!
Dissera-lhe para não mais voltar, mas voltou...
Tem as mãos limpas?! sim... (as mãos tal como a consciência querem-se limpas!)
Deu-lhe um estalo sem luva de qualquer cor, porque não tem nada na manga... sem truques de ilusionismo e com a cara suja de branco, demonstrou a força do amor de um braço delineado à força das aulas de ginásio, que odeia, por isso vai todas as terças e quintas!
Beijou-o com um estalo, porque viera cedo demais, depois do tempo!

terça-feira, outubro 18, 2005

Dogmas!

Estávamos no ano 2004 D.C. quando Kyler proferiu: é bom optar, a vida é feita de opções!
Hoje, 18 de Outubro de 2005 D.C. , particula complementa: mau é não saber optar!
Nota: o tempo decorrido entre uma citação e outra, foi o necessário para particula conseguir optar entre esta citação e: "mau é ter dúvidas!"

sábado, outubro 15, 2005

Eu Eva

Desde o início do mundo, do big bang, da amiba, de Adão, tudo conspirava para este momento... o presente é a agregação e desagregação, não casual, de particulas milenares de modo a culminar na explosão das particulas actuais! que serão tal como as crianças o futuro!

quinta-feira, outubro 13, 2005

Não era egoísta, por isso não amava...

Doce Amor... III

Sempre acreditou no amor... Um dia ( tinha que estar o céu encoberto...) chegaria o seu principe, pronto a enfrentar todos os obstáculos, a elaborar todas as façanhas para a poder ter nos braços, e viverem felizes para sempre...
Num dia de sol o seu principe chegou, pronto a retira-la de si mesma! O sol ofuscou-o e descuidadamente deu-lhe com o escudo na trombra, desiquilibrando-se teve que se apoiar na lança... que inadevertidamente poisou sobre o dedo mindinho da sua amada...
A culpa foi do sol... enquanto ele fuma um cigarro nervoso ela sorri : amas-me eu sei...

terça-feira, outubro 11, 2005

Hoje, 11 de Outubro de 2005, a mãe da bruxa Lily perfaz em tempo de bruxa 33 anos!
Hoje a bruxa lily não vai levar os meninos maus ao shopping...
Tinha um sonho ... ser Kamikaze pela sua Vida

Doce Amor... II

Ela foi-se timidamente embora com um andar raiado a azul hematoma. Ele beijou-lhe as mãos, os olhos, os lábios... Ela retornou aos seus braços, às suas palavras, aos seus pés... Enquanto limpava a gota de sangue dos seus carnudos labios, sussurou: amas-me, eu sei...

segunda-feira, outubro 10, 2005

A sua vida era um jogo de Mikado...

Doce Amor...

Mesmo com as costelas partidas ... acredita que ele a ama! Afinal quando a leva ao hospital, puxa-a pelos cabelos com a violência do amor e diz-lhe: ó filha sabes que te amo, não sabes?! Deposita-lhe um beijo murcho nos lábios que lhe respondem: sei...

sábado, outubro 08, 2005

Defenitivamente...

O cor-de-rosa cansa-me... é agradavel, fresco, inocente (com alguma malicia é certo...), mas eu necessito de sentir outras cores! Desta vez, não culpo a criada... a responsável pela mudança de template, sou eu e só eu! Não me venham com estórias de tinteiros derramados... a bruxa Lily está de férias!
Postava pa Psitacídeo ver...

Comenta lá isto!

quarta-feira, outubro 05, 2005

O Gepeto da Taparuwer ainda não viu o seu Pinoquio ganhar vida...

Materiais

Porque insistes... nesse teu ar tão altivo?! Nesse teu andar seguro de quem não tem dores musculares?! Nesse teu olhar frio como o aço inoxidavel?! Nesse teu sorriso de alvo PVC?!
Porque teimas no plástico?! Eu sei... também já fui às reuniões da Taparuwer!
Fácil de arrumar, as peças são todas desmontáveis e encaixam na perfeição umas nas outras... Os modelos são Muita Loucos!!! Coloridos, podem ir ao microondas e tudo!!! Se ligares nos próximos 10 segundos tens direito à loção abrilhantadora para plástico multicolor!
Porque continuas tu a envergar esse plástico pouco moldável, raramente permeável e demasiado resistente...?!
É certo que é facilmente lavável, mas como fazes para te livrares das nódoas de gordura nele incrustado?! Custam a sair... eu conheço unicamente as altas temperaturas para retirar nódoas de gordura de plástico... Mas o plástico deforma a altas temperaturas!!! Não aguenta o calor o calor dos beijos detergentes da vida, dos abraços restauradores de alma, dos olhares ansiolíticos... todos eles servidos quentes como as tripas à moda do Porto!
Eu uso peles animais!

terça-feira, outubro 04, 2005

Cock Ring

Lá para Bragança dizem que a menina Lua pôs um ring ao Sol... que funcionou na perfeição, duas horas mais preliminares, de puro prazer...
As pessoas da terra escandalizadas com o que viram decretaram que o Sol e a Lua só poderiam repetir este festival de seivas daqui a algumas decadas... quem os manda terem sido amantes descuidados?!
Aposto que se vão continuar a encontrar... sem os olhares dos obscenos voyers!

quarta-feira, setembro 28, 2005

terça-feira, setembro 27, 2005

não me parece... pois compreendo, mas acho que não vai dar! NÃO! NÃO! não, não estou de má vontade, mas não gosto que chegues e me fales assim, logo não consigo reagir doutra maneira! não , não tenho mais nada que fazer! não Vou!!! não estava mal disposta até tu apareceres... não, a vida não me tem corrido mal! não não tenho nada contra ti... simplesmente, não sei bem porque, não te suporto! não posso ouvir o som da tua chave a abrir a porta... fico logo NÃO Sim, vou sair!

domingo, setembro 25, 2005

Apontamento

Hoje, dia 25 de Setembro (Em Setembro planta, colhe e cava, que é mês para tudo.) distraídamente passei por lá... Passei por lá, onde antes de ter começado a felicidade, precipitou-se a sua queda... antes de o ser já o era!
Havia luz, ouviam-se vozes, viam-se sombras pelo vidro da mesma porta... não era a luz do candeeiro, nem tão pouco a tremula luz azul que sempre me fascinou... era uma luz pouco quente! As vozes não sei de quem eram, não as reconheci... minha não era certamente e a tua não soa assim... não fui ver! Já não interessa...
O criminoso volta sempre ao local do crime... mas eu não tive a noção!
Permaneci a olhar para a lua que lá deixei, continua agasalhada pelo manto verde das arvores que por lá plantaste... as cabras continuam a cantar balidos à lua... só a luz, as vozes e as sombras diferem, outro alguém iniciou ali a sua felicidade descendente?!
Tive saudades do que fui antes daquele lugar, do que fui antes de mim... não por ser melhor ou pior, mas porque foi mim antes de mim!
Ali apercebi-me que o Outono tinha chegado... a melancolia já se entranha subtilmente por entre os poros ainda dilatados pelo calor!
Assim, para enganar os equinócios, fingi um gesto desajeitado... a palete das cores caiu das mãos da particula descuidada, caiu excessivamente sobre o ecrã do pc... e o rosa alastra pelo ecrã atapetado de pixels... Asneira? Impossivel? Sei lá!

Poema em Linha Recta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos os Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Álvaro de Campos

sábado, setembro 24, 2005

Gosto de sexo capicua...

quinta-feira, setembro 22, 2005

Quem Prevarica Escamoteia!

Esperei... esperei ansiosamente pelos meus demónios! Eles tinham que vir, sentia-lhes o odor, sabia que se aproximavam, se me imobilizasse e concentrasse o suficiente, conseguia até sentir a deslocação do vento causada pelo movimento dos seus mantos negros compridos (sim, os meus demónios usam por norma mantos negros compridos, somente em dias de festa usam como indumentária um laço vermelho e umas meias pura lã azul cueca.). Ouvia-lhes as gargalhadas francas (eu que até sou um pouco mouca), o meu chão já estremecia na cadência dos seus passos... Era inevitável! Acrescentando a estes prenuncios existia a minha azia, esta que surge não quando eu exagero nas gorduras, tabaco, ou somente nas quantidades industriais de comida, não, ela surge quando esses meus visitantes assiduos, decidem fazer mais uma visitinha, saberem como estou, como tenho andando, se podem fazer mais alguma coisinha por mim.
Não, não é incomodo nenhum... estamos cá é para essas coisas, onde é que ja se viu, uma pessoa do seu gabarito, tão boa pessoa ... por "mor de Deus"! Não é transtorno nenhum, claro que se arranja por ai mais qualquer coisita. Mais de uma semanita sem um problemazito, sem uma ansiedadezita, sem uma dorzita pequenina que seja de alma... oh não, não pode ser... nós tratamos já disso... por quem é?!
Pois claro, mas a verdade é que até eu ja estava a duvidar de todos os sinais! mas hoje lá se provou que os meus indicadores pessoais de demónios interiores não estão avariados (uff, estou muito mais descansada!)
REBOCARAM-ME O CARRO! logo a mim... eu que nunca prevarico!
pronto, esta bem ... o reboque do carro não é propriamente um demónio interior... mas foi um inferno!

sexta-feira, setembro 09, 2005

Demónios interiores

Demónios interiores Sentei à minha mesa
os meus demónios interiores
falei-lhes com franqueza
dos meus piores temores tratei-os com carinho
pus jarra de flores
abri o melhor vinho
trouxe amêndoas e licores chamei-os pelo nome
quebrei a etiqueta
matei-lhes a sede e a fome
dei-lhes cabo da dieta conheci bem cada um
pus de lado toda a farsa
abri a minha alma
como se fosse um comparsa E no fim, já bem bebidos
demos abraços fraternos
saíram de mansinho
aos primeiros alvores
de copos bem erguidos
brindámos aos infernos
fizeram-se ao caminho
sem mágoas nem rancores Adeus, foi um prazer!
disseram a cantar
mantém a mesa posta
porque havemos de voltar
Jorge Palma- Demónios interiores
Acho que brevemente terei nova visita...

ardor...

Não sei definir esta dor que trago comigo... nem mesmo utilizando a escala analógica da dor vou longe! Não lhe chamaria própriamente dor... é antes um ardor, ou seja: uma dor que arde, ou será qualquer coisa com ar de dor, mas que não é dor, antes algo que se faz passar por ela?!!! Supostamente, sentir-se dor é um acontecimento negativo... ou não, talvez a dor aguda sirva de alarme, o que pode ser considerado benéfico! Mas então, que raio esta pseudo dor está a querer avisar-me?! Podia trazer um bilhete junto, como acontece com as crianças que são abandonadas à porta de uma familia feliz. Simplificava muito as coisas... Espécie de dor, ar de dor, ardor que provém do estomago e invade todo o tubo digestivo terminando na cavidade oral. Para acalma-la existem diversas técnicas, utilize a que mais lhe aprover!Desde comer pasta de dentes à colherada de açucar, evite fumar ou beber café, se persistir consulte o seu médico de familia, ele irá passar anos a tentar descobrir de onde provém esta falsa dor e acabará por agonizar a tentar suavizar o ardor... Seria um bilhete pouco estimulante, mas assim ja saberia com o que podia contar! O que me agrava mais esta sensação de queimadura que se vai alastrando para todos os orgãos anexos ao tubo digestivo, é não saber o que me espera, a incognita do futuro, não saber como agir para não (me sent) ir arder no inferno com os meus múltiplos ardores! O mistério da vida e das suas dores dão-me sempre ganas de beber àgua aos litros, para que o ardor deixe de o ser... mas estamos em época de contenção dos gastos de àgua... (revisão de um texto escrito em 2002... porque hoje tou cá com uma azia!)

segunda-feira, setembro 05, 2005

A semelhança entre esperançado e despedaçado é só da minha cabeça?!

segunda-feira, agosto 29, 2005

FÉ...sta

Pois cá tou eu ainda com FÉ... rias!
Depois de uma semana no meio do pó... e com dores nas costas, mas com fantasticos banhos de sol e rio, aventurei-me por outra semana com pequeno almoço na varanda com vista para para os cavalitos que por aqui passam...
almoços e jantares requintados, noites de conversas sob o céu estrelado... duas realidades tão distintas, mas tão minhas... é bom estar viva!

segunda-feira, agosto 15, 2005

Fé...Rias!

Tudo é uma questão de fé...
Agimos baseados na fé...
Esperemos que seja boa fé!

sexta-feira, agosto 12, 2005

Indefenido...

Amas a Vida?!
Eu Amo-Te a Ti...
Conta-me histórias do que Ainda não Viste...

quinta-feira, julho 28, 2005

Ele era rico e comia gelados!

quarta-feira, julho 27, 2005

Apenas Cansaço!

Não consigo adormecer... no entanto permaneço deitada, horas a fio, na esperança que o corpo dorido ceda aos encantos do descanço imerecido!
Enquanto definho embrulhada nos cobertores oiço as gargalhadas das crianças. Serão gargalhadas felizes?! não serão já a premonição de todas as gargalhadas tristes que terão que vir a dar?! Felizes e sorridentes a todos parecem, no entanto se escutarmos com atenção: um murmurio de choro dorido como o meu corpo que não consegue descansar, a raiva mal disfarçada de não conseguir dormir... enquanto as crianças riem chorando, riem alto...

terça-feira, julho 26, 2005

...

Porque continuo a acreditar no que (não) está lá, a confiar no carinho que (não) vem, a teimar que existe a ternura (não) demonstrada. À procura de um caminho (se calhar por mim inventado) que insisto que (não) tem existência real. A adivinhar nos gestos um sentir (que nunca foi, nunca será) verdadeiro, genuíno, possível. A recusar-me a esta deriva, a não reconhecer que não é por aqui, que não sou eu, nunca serei eu o caminho,o objecto, o fim do afecto puro, desinteressado, exaltado.

segunda-feira, julho 25, 2005

Amor de mãe

Isto de se ter um blog, de se escreverem umas coisas nesse blog, têm muito que se lhe diga! olarilas!!!! tem sim senhor! Admito: tenho-me sentido culpada... estou de férias! não tenho obrigação NENHUMA, praí há uma semana... bom não é?! Como tal, pensei que iria ter mais tempo para me dedicar ao meu bloguezito, fazer-lhe umas festinhas, um cafunezinho, que também precisa não é?! é pois é!!! mas não... Tenho agora menos disponibilidade mental, do que quando tinha que roubar tempo aos meus outros afazeres, para que ele não se sinta desprezado... afinal tenho que tentar ser uma mãe estremosa, mesmo que muitas vezes me apeteça tudo menos perder o meu tempo a alimenta-lo, vesti-lo, limpar-lhe os moncos do nariz... afinal fui eu que o criei porra! sempre tenho que ter algumas responsabilidades!!! Mas a verdade é que o sol queima-me a pele, as águas lavam-me as carnes, as bocas esboçam sorrisos pepsodente aos quais não consigo nem quero resistir! Não consigo dispensar o tempo necessário à minha obra (modesta é certo, de gosto e qualidade duvidosa, mas minha!). Isto leva-me a pensar no que uma amiga minha me disse há cerca de 2 meses atrás: só os frustrados emocionalmente escrevem, porque os outros estão demasiado ocupados a viver e não têm demónios a expulsar... embora não concorde plenamente... não deixa de ter alguma razão... escrevemos para quê?! por necessidade?! se é necessidade seja ela qual for, há falta de alguma coisa... quando não temos essa necessidade estamos melhores?! não sei de nada! Sei que hoje, agora, sinto-me... necessitada e como tal escrevo!

sábado, julho 16, 2005

O Gordo

Há mais de um mês que aqui não escrevia! e de quem é a culpa?! de quem?! Adivinhem.... Pois claro de quem havia de ser? do filho de uma grande p... O GORDO!!!

Odeio gordos... têm sempre a pele oleosa, um riso miudinho... uma gargalhada que fere os ouvidos de tão falsa que é... ODEIO GORDOS! teimam em estar sempre no local onde mais nos atrapalham... sempre a ocuparem o lugar que dava para mais dois! sempre desajeitados, porcos, sempre com uma garrafa de coca cola e duas pizzas oleosas em cima do único pneu que possuem... eles são o pneu! Obrigam-nos a olhar para os seus corpos disformes, enormes, flácidos... decadentes!

Agora que o gordo se foi da minha vida, e se Deus quizer e for justo, nunca mais terei que sentir o seu odor axilar, como quando numa fuga rápida do seu quarto o gordo ia dar uma mijinha, pra cima do meu tampo da sanita!!! Sim, agora talvez volte a ser capaz de ouvir os passarinhos a chilrearem, as gargalhadas das crianças que teimam em não crecer...

Voltei a ter net!

quarta-feira, junho 15, 2005

Incógnita

Incógnita... depois das palavras a expectativa das palavras não ditas! O subententido... ainda não sei se sou eu que quero que exista algo no nada... ou se realmente para este bacalhau meia palavra não basta!

sábado, junho 11, 2005

História sobre Dedais ou Craquelée

Pastelosamente arrumava o seu quarto, decisão tomada a muito esforço... há meses que se obrigava a pensar que precisava de arrumar as gavetas, de arejar os armários, doar os vestidos que nunca mais vestira (ou os que nunca chegou a usar...), a encontrar os pares das centenas de meias que tinha desemparelhadas... Esta tarefa exigia-lhe um dispêndio de energia, que nem sempre tinha saldo disponível para tal! Mas necessitava neste momento... não podia adiar mais! Mas que raio, que dificuldade pode ter encontrar umas meias debaixo da cama, ensacar uns vestidinhos, que já gostara mas que agora sempre que abria o armário lhe dava uma leve sensação de nausea...?! Ainda não descobrira se lhe era causada pela ausência de estética ou pelo odor a mofo que lhe invadia as narinas... Enquanto dolorosamente abria e fechava as gavetas, deitava fora os recibos das últimas dezenas de pringles que comprara, encontrou uma pequena (?!) caixa de madeira dentro de uma mala castanha de viagem... quando fora a última vez que a vira? quando fora que tinha decidido coloca-la ali?! Um lugar seguro... longe da vista, longe do coração?! Já fora bem mais pequena... mas há muito que não aumentava de tamanho! pegou-lhe com cuidado, com a mesma precaução com que se toca em algo que não conhecemos... mas ela conhecia aquela caixa muito bem! Mas tinha medo que ao abri-la voltasse tudo de novo! Abriu-a... ficou a olhar para o brilho metalico de uns, vitreo de outros, para a rugosidade da madeira, para o craquelée da loiça... tocou-os um a um, rodando-os suavemente entre os seus dedos, cheirou-os... tanto de si naqueles dedais! Cada um deles representava uma viagem, um amor, uma desilusão, uma alegria, um almoço a menos, uns copos a mais... todos eles tinham história... pedaços da sua vida dentro daquela caixa, que ela decidira esconder dentro de uma mala de viagem de pele castanha! Escondera estes dedais, que em tempos comprara sempre que queria guardar de forma palpável o que estava a viver... ainda conseguia recordar o que cada um significava para ela... alguns ainda lhe traziam dor... na altura tinham-lhe dado alegria! outros já só conseguia esboçar um sorriso de ternura, ou de... idiotice porque chorei tanto?! porque a escondera?! há momentos em que pensamos que longe da vista longe do coração... e sempre lhe disseram que não se deve ficar presa ao passado! Deixara de comprar dedais! decide agora voltar a comprar dedais... não muda nada, mas podem ser belas peças de arte! E assim, mais uma vez, não acabou de arrumar o quarto... deixou-se ficar pastelosamente a olhar para os dedais, dentro de uma caixa de madeira, em cima da mesa de cabeceira, a imaginar como serão os proximos que comprará. Se calhar é melhor comprar uma caixa de madeira maior...

Tudo o que acontece está Certo!

"Nenhum homem sabe verdadeiramente como são os outros. O mais que pode fazer é supô-los semelhantes a si (...) Às vezes supreendo em certos rostos olhares de animal elouquecido à procura de um sítio calmo, secreto, onde o espirito pudesse sossegar e o homem reencontrar-se para fazer o exame de consciência (...) Tudo o que acontece está certo, quer seja bom ou mau." in O Inverno do Nosso Descontentamento

quarta-feira, junho 08, 2005

Apenas?!

Passaram-no para as mãos sem grandes explicações. Cuida dele! A princípio não sabia como... Pegou-lhe a medo, com precaução não fosse desatar num choro desenfreado que ele não saberia conter... trazia-o sempre consigo, mesmo nos momentos mais íntimos existia aquela presença, aquele ser... deu-lhe banho, penteou-o, até lhe deu de comer... Durante a noite acordava só para verificar se ele ainda ali permanecia! Os seus braços ganharam a sua forma... Passados três dias voltaram, sem grandes explicações tiraram-no das suas mãos. Desatou num choro contido... Já não era apenas um boneco! o peso que deformou a forma dos seus braços, tornara-se forma no seu coração... Não vez que é apenas um boneco?! para ele já não era só um boneco... ele tinha-lhe dado a vida!

domingo, junho 05, 2005

A da Vizinha...

- Pois para ti é facil... Tem-te acontecido só coisas boas...

- Sim tem-me acontecido muita coisa boa!

Sim, na realidade ultimamente não se podia queixar... sentia-se bem, em harmonia consigo! Com o mundo tinha dias... mas sim, encontrava-se serena! Mas que raio! facil?! fez um sorriso amargo? ironico?! facil... pois! Como se fosse leviano o acto de ao acordar, escolher minunciosamente a indumentária a vestir nesse dia, de preferir vestir laranja em vez do costumeiro fato preto... Os acontecimentos felizes, a que se referia eram internos, processos de pensamento que descobrira, contruira, a fim de poder tirar a mão do queixo! não, não lhe era facil conviver diariamente com a sua realidade... Se fosse a pensar objectivamente... quem lhe dizia que na sua posição o percurso era facilitado, possuia o que ela acreditava serem as peças que lhe faltavam, para a decisão - O que vestirei hoje?! - ser leviana! A da vizinha... Facil... não era nada facil nem simples, mas era do modo que ela queria... Precisava... Tentava...

"A alegria adquire-se. É uma atitude de coragem. Ser alegre não é fácil, é um acto de vontade. " Gaston Courtois

terça-feira, maio 31, 2005

Quem é(s)?!

Quem és tu, que estás aí deitado?! Esse quarto é meu... Essa é a minha cama... E não sou eu que lá estou deitada, pois se estou aqui a observar-te de longe pela porta entreaberta, não posso ser eu! Tu, também não és... Reconheceria a tua silhueta sob os lençois... Embora me tenha aproximado mais um pouco para confirmar... just in case! E não, não és tu! Tu que serias a única pessoa, além de mim, que poderia estar no meu quarto sem a minha presença... certo, mas eu estava deitada ao lado daquele corpo morno! Será que lhe dei autorização?! Não me lembro... Contudo, continuo a estranhar... As pessoas que entram no meu quarto, primeiro têm que ficar em pé. Depois de ponderar, talvez as deixe sentar na minha velha cadeira. Passado algum tempo e só dando provas de confiança, de que não pretendem estragar, mexer vasculhar... posso permitir que se abeirem da cama, sentam-se no chão, concedo no entanto o pousar do braço ou da face na superfície da cama! Sentarem-se nela?!... hum, precisa de ser uma pessoa com quem já partilhei longas horas de espaço no meu quarto, na qual eu deposite a certeza de que ao sentar-se, não a irão desfazer... nem que surgira rugas nos meus engomados lençois de linho! Recostar-se?! Quantas pessoas já se recostaram na minha cama? muito poucas, só aquelas que eu sei que preenchem todas as prerrogativas anteriores, e que se por algum acaso ficar algum vestígio da pessoa sobre a almofada, ela será a primeira a removê-lo! Deitar-se?! só eu... e tu, que sei que depois da cama desfeita, a farás, os lençois ficarão com o teu fresco aroma... Não me parece que tenha convidado um estranho para a minha cama... Embora não me lembre de nada! Ainda pus a hipotese de como nos filmes, alguém se ter feito passar por ti... é possível, não é?!Agora com aqueles efeitos especiais todos modernos! Pode ter chegado ao pé de mim e ter feito aquela tua festa na minha cara, enquanto me desvias a madeixa que teima em cair sempre que chegas... Depois pode ter feito o teu sorriso lindo! E eu pensando que eras tu... (podia, não podia?! como nos filmes...) Sorri-lhe e abri os meus imaculados lençois... Agora que os creditos já passaram e Tu transformaste-te nele... Será que o deixei entrar pensando que eras tu, confiando que não irias sujar o meu leito...? e agora não sei quem é aquele ser na minha cama... Não sei se o acorde, bruscamente o faça sair desnudo do meu quarto, ficando assim eu sem saber de quem se trata! Ou se o acordo, lentamente, com uma carícia no dorso e lhe diga: está enganado, a sua cama não é esta... Posso sempre, deixa-lo acordar... Trazer-lhe sumo de laranja e torradas para o pequeno almoço (como nos filmes...) e façamos a cama juntos! Não sei quem está deitado na minha cama! Não sou eu, nem és tu... Mas deixa-lo estar!

domingo, maio 29, 2005

Aplauso!

Neste momento sobem ao palco... um a um ou todos juntos?! Não sei! Só posso imaginar, como será, qual a sensação, a dor nos pés causada pelos sapatos pouco usados, o calor sentido pela obrigatoriedade de um vestir a rigor... a lágrima que teima em querer escorrer... embora não se saiba muito bem porque, não significa nada, ainda não acabou... mas a puta da lagrima não sabe disso, então lava-vos a cara, embora voces sorriam com o vosso sorriso doce e digam: é estupido, não sei porque choro! Isso eu sei! Choram porque se antevê o fim de um percurso... longo, doloroso por vezes, noites sem dormir, por obrigação ou prazer! momentos de ternura, raiva, amor, ansiedade, partilha, preocupação, de riso, de choro... um caminho que se fez... em que se fizeram, em que se deram... E agora está a dar lugar a outros rumos, outras vidas, outros vocês! Isso mete medo, o desconhecido... tem o sabor de aventura, mas de despedida e de alguma ansiedade! Sobem ao palco e eu aplaudo de pé com as lágrimas a sujarem-me a face... porque também eu tenho medo, também eu calquei os mesmos trilhos... também eu sei o tão longo foi... tão curto é agora! Não sei, se vamos todos juntos, ou um a um, subir os proximos palcos... mas sei, que nos palcos onde estiverem eu estarei lá, pelo menos lá em baixo, a acenar e a aplaudir, com o mesmo orgulho com que o faço hoje! Vá lá já podem despir os casacos, tirar os sapatos e rebolar na relva, enquanto cantam... dando as boas vindas ao futuro!
E não sou a única a sentir esta alegria por voces... http://conversamos.blogspot.com/2005/05/mural-de-votos.html#comments

Puzzle

Em cima da mesa, encontro as peças soltas de um puzzle. Distraidamente passo as mãos por elas... diferentes formas, que supostamente encaixarão entre si... sinto-lhes o cheiro, a textura, viro-me para a janela para as observar sob uma nova incidência de luz... Sem pensar começo a juntar algumas peças. Começa a surgir algo... ainda não consigo descortinar qual o desenho final deste puzzle... imagino vários possiveis. Perco algum tempo neste agradavel exercicio... hum. Agora já não se trata de mera curiosidade, é imprescindivel saber o que se encontra no final, o que cada pedaço de cartão junto a todos os outros irá dar?! Continuo afincadamente, febrilmente esta minha tarefa.
Quem roubou a peça do puzzle que esta(va) em cima da mesa?!

sábado, maio 28, 2005

Dá um Mergulho

Não tive oportunidade de ouvir esta via telefone!
Mas aproveito a ocasião para dizer-vos mergulhem! que está bom tempo... Gosto de vocês, mas isso já sabem! Fazem parte da banda sonora da minha vida... umas vezes lamechas, outras cómicas, e outras tantas com a sua dose de drama... para não ser sempre do mesmo, senão cansa! (depois de um post destes como serei capaz de enfrentar os meus fãs?!)
Dá Um Mergulho by Tim / Xutos & Pontapés: http://www.xutos.pt/discografia/letras_dados.php#3

quinta-feira, maio 26, 2005

Peguei, trinquei e... Gostei!!!

Tou com calor... Dispo o casaco e continuo com calor… Sinto-me feliz por isso! Há exactamente 41 dias que não sentia calor fora de portas! Hoje não cumpri com as minhas obrigações… Menina má! Contudo, a Vida, o Universo, Deus, Destino, ou lá o que lhe quiserem chamar (ou todos juntos em assembleia extraordinária) decidiu conspirar a meu favor! Tá um dia lindo de sol!!! Fui à praça – mais concretamente ao Green Market- e espantem-se… passei incólume por todas aquelas embalagens coloridas de chocolates, bebidas, gomas, manteiga de amendoim ( que tanto gosto de comer à colherada!). Estou com um saco carregadinho de : pêssegos, morangos, brócolos, kiwis, uns filetezinhos (?!) de salmão… tudo muito saudável, muito clean!!! Querem ver-me a mudar de hábitos alimentares?! Dêem –me sol… talvez tudo se deva à depressão sazonal… Sempre procurando justificações! Neste exacto momento estou sentada sob a atitude estática do monumento de Eldon Square! Desde que cá cheguei que o pretendo fazer… este é o momento: estou a faze-lo! Arrojada!!! No entanto, não sou excepção! Este imponente pilar de pedra tem uma “rodinha” de gente sentada à sua volta como que numa cerimónia de adoração… joga-se às cartas, conversa-se, lê-se, namora-se, olha-se para os outros que ainda não tiveram a coragem de fazer parte desta comunhão, mesmo no centro da cidade! Os pombos esvoaçam como em qualquer cidade que se preze, e por fim… escreve-se num lindo caderno amarelo (adoro o amarelo, já tinha dito?!) O monumento continua estaticamente e estoicamente – porque não?! - a observar todos estes rituais de celebração da vida (nossa?!). Ele deve saber muito…Qualquer dia faço-lhe umas perguntinhas, a ver se ele me responde… No último dia, assim não terei o desconforto de ter que o encarar novamente! E até lá posso vir participar nesta cerimónia! Dói-me a garganta… acendo um cigarro talvez analgesie, pelo menos tem efeito compensatório! Para onde vou a seguir?! Hum… quem sabe: Algarve para começar, depois tenho todas as “rodinhas” de gente à volta dos monumentos de todas as Eldons Squares à minha espera para continuarem com a celebração!

Hoje?! Talvez...

O que pretendia dizer: nesta minha busca da verdade de mim para os outros, vi-me envolvida num paradoxo... agora sim, minto, muitas vezes por omissão, pelo medo de que a verdade doada aos outros, possa ser utilizada para tornar numa mentira as minhas outras verdades... agora é verdadeiro, mas continua complexo...!

Fui ver...

Tocam à campainha rude, rudemente como quem chama por mim... Fui ver...

Não eras tu!

quarta-feira, maio 25, 2005

Under my skin...

" (...) esse impulso de sangue e do corpo, que me piorava os olhos e me comunicava uma alegria insensata. Era preciso que me aplicasse a reduzir esse grito, a vencê-lo pela lógica. Era preciso que eu estivesse natural, mesmo nesta hipótese para tornar mais plausível a minha resignação na primeira hipótese. Quando o conseguia, ganhava uma hora de calma. E isto era importante. (...)"
in O Estrangeiro

Talvez amanha!

Desde sempre nos incutiram a ideia de que não se deve mentir... se fossemos apanhados em mentira o mais provável seria uma bronca descomunal ou um severo castigo! Ao longo da vida vamos perpetuando esta ideia... torna-se uma necessidade a não mentira... Julgo que é um comportamento condicionado... medo do castigo ao sermos descobertos! Eu na verdade estou-me nas tintas... uso a mentira frequentemente... certo é que quando a uso tenho explicações pessoalmente abonatórias... é melhor assim... Na realidade a maioria das vezes que a utilizo, faço-o primeiro para mim! posteriormente ao comunicálas a terceiros, existe a possibilidade - que desejo que se concretise- de que se tornem verdades! Hoje menti! Perguntaram-me se sonhava em casar-me e ter filhos. Menti... não! não suportaria acordar todos os dias ao lado do mesmo homem remeloso e com mau hálito, não que ideia! Filhos?! só nos tiram a liberdade... Menti, porque quero acreditar nisto! Na verdade sou igual a todas as outras pessoas... quero ter O Alguém a meu lado, sermos em conjunto felizes e que essa felicidade tenha como simbolo o nascer de crianças nossas (crianças que sempre digo que odeio-minto-!)traquinas, alegres e que mais tarde se tornem em adultos felizes e realizados! Viajar, casa, carro, sucesso profissional, saúde para mim e para os meus... Paz no mundo. Basicidade, sim na realidade sou muito básica, até já pensei em concorrer a miss, mas estou velha...sou muito bonita, já mo tem dito algumas vezes... mas minto para esconder o medo e a frustração de não alcançar os sonhos que tenho... se não o conseguir, ninguém me pedirá contas, nunca o pretendi mesmo! No momento presente tenho andado numa busca constante da verdade... Para mim e de mim para os outros, que só através dela poderemos ser inteiros e coesos... este texto não está a ser verdadeiro... Por isso vou terminar aqui esta verdade! Talvez amanhã o seja!

quarta-feira, maio 18, 2005

Menina

Hoje chorei... ela fez-me chorar!
Chorei num elevador de um hospital. Não chorei por ter alguém doente, não chorei por ver um velhinho abandonado na sala de espera das urgências, nem mesmo chorei por ouvir a história de uma criancinha que tem poucos meses de vida... Hoje chorei ao ouvir as palavras dela... Ao princípio pensei que brincava! Afinal é verdade... Os homens não choram! Até porque, nunca vira nenhum chorar! O único que derramou as suas lágrimas diante dos seus olhos, não o era, era uma menina... por isso não conta!
Os homens são todos insensíveis... A única coisa que pretendem de ti é sexo! São todos muito exigentes... Porquê?! Ora, só pensam em sexo, querem constantemente ter sexo! É a única coisa que te exigem: Sexo, disse-mo o meu pai!
Se não o quizerem?! Se ousarem recusar, uma vez que seja?!
São meninas!!!
Perplexa... Desculpem-nos, o paradoxo! São meninas... Gosto de meninas, quero ter as meninas ao meu lado! Peço-vos, sejam meninas... Não me fodam! Chorem sempre que uma lágrima teimar em vos aflorar o olhar! Homens, quero-vos meninas!!!
Um homem, mesmo que tenha sentimentos, não os mostra... isto claro, savalguardando que os que tem é o amor aos filhos e às mães, todos os outros da mesma categoria denominados por sentimentos femeninos, não os possuem, podem ter ambição, desejo, raiva, ódio... mas amor, ternura, tristeza... isso só os que são meninas!
Ai, eu para mim, quero uma alma gémea! Assim como um irmão, parecidos em tudo, até fisicamente, tens que ver que é muito bom e fica bonito, teres alguém muito parecido contigo, a passear de mão dada na rua...mesmo como almas gémeas!!!
Foda-se, tens 22 anos, sais à noite, conheces gente, tens amigos, tens um curso superior, conheces homens! nunca ninguém te disse...?!
Os homens não choram!
Mind the door...
Estás a chorar... Estou.
Viro-lhe as costas, enquanto limpo as lágrimas, porque sou uma menina, meto-me por um corredor oposto ao dela!
Are you allright?!
Yes, I'm fine, thank you!

segunda-feira, maio 16, 2005

Pensamentos Nocturnos

"Desejaria conhecer a natureza dos pensamentos nocturnos. Eles são parentes próximos do sonho. Às vezes, consigo dirigi-los mas, noutras ocasiões, tomam a iniciativa e atiram-se a mim como cavalos selvagens (...) Eu sei o que isso é. A pessoa procura esquecer, mas não dá resultado, o que tem a fazer é, pelo contrário, acolher com amabilidade os pensamentos desagradaveis (...)"

in O Inverno do Nosso Descontentamento

domingo, abril 17, 2005

Tempo...

O tempo, como toda a gente o sabe, e já o verbalizou pelo menos uma vez na vida, é relativo! O mesmo espaço temporal e espacial - o espaço enquanto tempo; o tempo enquanto espaço, levaria-me a outras paragens, mas isso fica para outras nupcias!!! - apresenta-se-nos de diferentes formas... O mesmo segundo, pode-se-nos afigurar dolorosamente longo, deliciosamente curto ou até mesmo deliciosamente longo e dolorosamente curto, poderiamos fazer outras combinações, mas o interesse aqui não é matemático, mas sim de cariz emocional, afectivo... Os poucos dias em que aqui me encontro - na verdade penso que ainda não cheguei, estou atrasada... já arrumei o armário, varri o quarto, mas ainda não me penso cá... tálvez amanhã chegue no voo das 10h... - têem-me proporcionado, momentos agradavelmente supreendentes, pela novidade, pela expectativa, pela brisa de aventura, pelas pessoas que vou encontrando, até as dificuldades que vão surgindo têem sido agradaveis na perspectiva do dia conseguido! Contudo, cada segundo me custa, porque gostava de estar a viver tudo isto ao lado de outras pessoas - provavelmente seria horrivel! - Gostava de olhar nos olhos de alguém e esse mesmo alguém saber o que estou a sentir, o que estou a pensar, gostava de dizer um disparate qualquer, e não passar disso mesmo: um disparate!!! Gostava que ao fechar-me no meu quarto, por necessidade de me ouvir diáriamente, não fosse provocar uma onda de dúvidas em cabeças alheias... será que...?! No entanto, estas pessoas com quem tenho partilhado este meu breve longo tempo, tem ajudado a encurtar o tempo do tempo, e frequentemente a adocica-lo! O tempo é relativo... O tempo que tenho considerado doloroso, designo-o assim ou melhor sinto-o assim, pela ausencia de tempo com as outras pessoas... que agora me apercebo, que a minha dependência delas não é tão significativa quanto o julgara antes de partir... Mas realizo, que as amo verdadeiramente... livre e autenticamente amo-as! Amo cada minuto doloroso em que penso em cada um de vocês, vocês que espero ter conseguido que saibam quem são...!!! É tão bom estar aqui convosco mesmo longe... O tempo é relativo. Os sentimentos também, mas de uma forma relativa...

quinta-feira, abril 07, 2005

amarelo

Amarelo: cor muitas vezes difamada... Cor da fome, da inveja, aquele está todo amarelo, provavelmente figadeira! Este outro tem um sorriso amarelo, deve ser é um cínico de merda! tens as cuecas todas amarelas, cagaste-te?! Os teus dentes estão amarelos quando é que deixas de fumar? As roupas estão amarelas, já pensas-te em mudar de lixivia?! e assim por diante... O amarelo injustamente, é frequentemente associado a factos pouco agradáveis... Contudo eu gosto muito do amarelo! O amarelo do teu sorriso envergonhado; o amarelo da tshirt que nunca usarei... O amarelo do sol na minha pele, o amarelo da minha escola primária; o amarelo do polén das flores; o amarelo da gema do ovo que tanto gosto de lhe juntar o amarelado do azeite; o amarelo doce dos frutos maduros... O dizer AMARELO, implica o enrolar da língua de uma forma deliciosamente obscena! Viva o amarelo, da alegria, da vida, da leveza, joie de vivre?! Aqui junto o amarelo do involcro de um rebuçado rosado como os lábios carnudos das crianças lambendo um chupa de cola! O amarelo envolvendo a inocência e a pureza rosada, mas insinuosa... A alegria e a leveza envolvem sempre o que de mais puro e genuíno temos dentro de nós, mesmo que por vezes seja uma coloração que possuí, ou que se deseja, pintalgada de alguma inocente malícia... rosa avermelhado... com o amarelo, a mistura obtida será laranja? Se assim for, a vida por vezes é uma laranja - de todas as variantes existentes - azeda, doce, seca, sumarenta, com caroços, sem caroços, com gomos grandes e carnudos, por vezes com gomos pequenos e tísicos, biológica ou até não, nacional, espanhola, do agricultor do porão... Tudo pró menino e pra menina! A especificidade é a pedra basilar da diversidade... através do específico torno-me desigual dos meus iguais!