Hoje, dia 25 de Setembro (Em Setembro planta, colhe e cava, que é mês para tudo.) distraídamente passei por lá... Passei por lá, onde antes de ter começado a felicidade, precipitou-se a sua queda... antes de o ser já o era!
Havia luz, ouviam-se vozes, viam-se sombras pelo vidro da mesma porta... não era a luz do candeeiro, nem tão pouco a tremula luz azul que sempre me fascinou... era uma luz pouco quente! As vozes não sei de quem eram, não as reconheci... minha não era certamente e a tua não soa assim... não fui ver! Já não interessa...
O criminoso volta sempre ao local do crime... mas eu não tive a noção!
Permaneci a olhar para a lua que lá deixei, continua agasalhada pelo manto verde das arvores que por lá plantaste... as cabras continuam a cantar balidos à lua... só a luz, as vozes e as sombras diferem, outro alguém iniciou ali a sua felicidade descendente?!
Tive saudades do que fui antes daquele lugar, do que fui antes de mim... não por ser melhor ou pior, mas porque foi mim antes de mim!
Ali apercebi-me que o Outono tinha chegado... a melancolia já se entranha subtilmente por entre os poros ainda dilatados pelo calor!
Assim, para enganar os equinócios, fingi um gesto desajeitado... a palete das cores caiu das mãos da particula descuidada, caiu excessivamente sobre o ecrã do pc... e o rosa alastra pelo ecrã atapetado de pixels... Asneira? Impossivel? Sei lá!
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