Porque continuo a acreditar no que (não) está lá, a confiar no carinho que (não) vem, a teimar que existe a ternura (não) demonstrada.
À procura de um caminho (se calhar por mim inventado) que insisto que (não) tem existência real.
A adivinhar nos gestos um sentir (que nunca foi, nunca será) verdadeiro, genuíno, possível.
A recusar-me a esta deriva, a não reconhecer que não é por aqui, que não sou eu, nunca serei eu o caminho,o objecto, o fim do afecto puro, desinteressado, exaltado.
terça-feira, julho 26, 2005
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2 comentários:
Porque guardar o coração também não traz nada de novo, não poupa sofrimento, apenas poupa (des)ilusão. E como é possível viver sem sonhar, mesmo que não passe disso, de um sonho? Deixar correr para não sofrer, não querer mais que aquilo que há, não procurar novo nem melhor... não nos resolveu nada na vida, apenas a adiou. Sonha, imagina e vive: ri, chora, ama, sofre, conquista! Afinal não queres que os patins deixem de te servir, pois não?
Cristina: não quero que os patins me deixem de servir... mas escusavam de me provocar flictenas, não?! e na verdade nunca fui boa patinadora!
e a frase: "pôs-lhe os patins" é poeticamente deliciosa!
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