Veste-se e prepara-se para mais um dia de trabalho... sempre o mesmo, não sabe o que vestir.
E se depois do trabalho esbarra com o seu destino?!
Sorri... sabe que a sua linha da vida não se cruza com a do destino. Disse-lhe uma bruxa, uma daquelas que pertencem às ementas dos restaurantes, confiável portanto!
O destino ela conhece... a vida?! Essa parece-lhe envolta em tules... coloridos?! Tinha dias... hoje eram azuis. Azuis bebé (só conhece um bébe azul, por acaso caiu no goto, toda a gente conhece o azul bébe... )
Deseja ser chamada: colorida tola... hoje veste-se de bordeux vinho, tal como ontem. Na dúvida veste o mesmo! não se sentiu desconfortável ontem... pode sentir-se hoje, sob o toque da mesma cor?!
Sai à rua, não para matar alguém... pedem-lhe: tráz-me a faca. Quero morrer. Tou farta de viver!
Dá uma gargalhada: hoje não te mato... daria muito trabalho!
Morre comigo... Suplicam-lhe... não quero morrer sozinha! És tão bonita... Morre comigo! Os imperfeitos podem morrer... os outros não!
Tem uma mascara mas não se sente a batgirl, nem tão pouco... Tem um destino que não é esse!
O seu é morrer só amanha, quando lhe vestirem de preto, ninguém morre de alças verde alface no inverno!
Sente uma mão velha, tremula, a agarrar-lhe o braço, apertando-o e torcendo: Morre puta! Morre e leva-me contigo... Quer morrer! Quem solta gargalhadas merece morrer, por não lhe facultar uma faca metálica, que a ajudasse a viver!
Promete-lhe uma mascara de heroina francesa. Mata-se sufocando-se... Adormece. Amanhã pedirá que lhe tirem a mascara?! Que a deixem ser apenas humana?
Não morreram juntas, porque a vida quere-se vestida de solidão multicolor...
Volta para casa, acende um cigarro e não segura de nada, deseja vestir vermelho sangue para caminhar para uma morte assistida!
2 comentários:
ementas, vinho,
kyler: as entradas também não são más!
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