Uma mesa branca encostada a vidros semi opacos que deixam transparecer as gotas de chuva lá fora. Cinco cadeiras, tambem elas brancas. Um cinzeiro no branco da mesa, preto. Ao balcão 3 homens falam da melhor marca de cerveja...
Na mesa branca duas chavenas de café vazias: uma é minha... converso contigo, como foi o meu dia, os meus medos, as minhas esperanças, espero pelo teu abraço apertado. As tuas angustias, alegrias, dou-te um beijo na palpebra esquerda.
Acendo mais um cigarro que acabo por juntar às três beatas no cinzeiro preto ao lado do copo de àgua, pedido antes do café...
Fecho o caderno amarelo onde escrevo. Reparo que existem quatro cadeiras brancas vazias, a chavena de café, que não a minha, é a do cliente anterior... Esta conversa real é só minha! Tu tal como o dialecto que utilizo foste por mim criado... Tu não existes, mas continuo a beijar-te os olhos, porque me faz bem beijar almas ao pequeno almoço... Já só estão dois homens ao balcão, o terceiro homem também nunca existiu... é uma invenção de dois homens ao balcão de um café com uma mesa branca com quatro cadeiras vazias, um cinzeiro preto com quatro beatas junto a um copo de àgua, duas chavenas de café vazias e um empregado desleixado!
6 comentários:
linda
Quem?! Quem?! Eu?! :)
sim tu
Diz outra vez! vá lá... só mais uma!
Muito interessante!
(petrus)
---------------------
O comment no petrus foi... arrasador. Mas excelente. Um único detalhe: é raro aparecerem "ovelhas" dessas. Infelizmente.
raquel: :)) sorrio-me para ti... essas coisas raras, quando surgem podem mudar tudo! mas as simples e comuns também como um abraço apertado...
Enviar um comentário